APLICAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS COMO PROPOSTA NA METODOLOGIA DO ENSINO DE QUÍMICA


AUTORES: SILVA, A.M. (UECE) ; LIMA, P.M. (UECE)

RESUMO: A obra apresenta a visão de alunos e professores entrevistados logo após a aplicação de jogos didáticos de Química em sala de aula. Em 20 de dezembro de 1996, foi estabelecida a Lei de Diretrizes e Bases – lei que rege os princípios e finalidades da Educação nacional – constituindo competências incumbidas ao Ensino Médio, onde a Educação não deve restringir-se no compartilhamento de informações ou metodologias de cunho memorístico, mas de construção do conhecimento, desenvolvimento de capacidades cognitivas essenciais à formação cidadã. Os resultados da pesquisa comprovaram que os objetivos propostos foram alcançados com sucesso, mostrando a viabilidade do recurso didático em questão. 

PALAVRAS CHAVES: jogos didáticos em química

INTRODUÇÃO: Desde que a Química passou a ser implantada na escola como disciplina, os alunos não tem uma boa visão a seu respeito. Eles, geralmente, saem do Ensino Fundamental com um baixo e superficial conhecimento dos assuntos relacionados à ciência, e já chegam ao Ensino Médio com um “pré”- conceito, ou seja, com uma visão distorcida, de que estudar Química é difícil. Por esta e outras razões, o estudante perde o prazer e o interesse em estudar Química. Esta é uma ciência em que o professor deve, não só ter um bom domínio, mas, tornar prazeroso o seu estudo e facilitar a sua aprendizagem. Os jogos são considerados educativos por desenvolverem habilidades cognitivas essenciais para a construção da aprendizagem - resolução de problemas, percepção, criatividade, raciocínio rápido e lógico, contextualização dos assuntos, dentre outras. Partindo do reconhecimento das dificuldades que envolvem o trabalho do professor de Química, como uma forma de contribuir para o processo de ensino-aprendizagem de nomenclaturas, fórmulas, equações, reações, formação das moléculas, etc., surgiu a necessidade de elaborar jogos didáticos com o propósito de motivar, enriquecer e divertir as aulas (ZANON, 2008). A aplicação de jogos educativos em Química pode se tornar uma excelente técnica de ensino, capaz de revolucionar a metodologia conteudista bastante utilizada por professores, desenvolver habilidades importantes, facilitar com que as aulas se tornem cada vez mais produtivas e interessantes. A pesquisa realizada, junto aos alunos do ensino médio da E. E. F. M Paulo Ayrton Araújo, mostra o grau de aceitação por parte deles à implantação dos jogos quanto aos objetivos almejados na intenção de aprimorar a metodologia das aulas de Química. 

MATERIAL E MÉTODOS: A análise prévia da faixa etária dos alunos, série e nível curricular foi de suma importância para a escolha do jogo adequado. Foi selecionado de acordo com o nível da turma. O professor ministrou as aulas prévias do conteúdo programático para que os alunos tivessem conhecimento necessário para as regras do jogo, que se baseia no que foi estudado, não se esquecendo de avisar a turma que nas aulas seguintes serão aplicados os jogos sobre aquele assunto. A escola em que os jogos foram aplicados foi a Escola de Ensino Fundamental e Médio Prof. Paulo Ayrton Araújo, localizado em Fortaleza. Antes da aplicação das atividades lúdicas, apresentou-se o material, esclareceu as regras, dividiu as equipes, bem como deixou claro que não seria apenas diversão, mas algo que poderá trazer benefícios para seu próprio aprendizado. A turma de 13 alunos do 1º ano participou dos jogos QUIMINÓ DOS SUBNÍVEIS (Figura 1) e JOGO DA TABELA PERIÓDICA. O 2º ano prestigiou o SEGREDO QUÍMICO e FABRICAMOL, estando presentes 20 alunos. O 3º, ano do FABRICAMOL e QUIMINÓ DOS SUBNÍVEIS, participaram das atividades 11 alunos. Logo após a execução dos trabalhos, um primeiro questionário foi elaborado e aplicado aos alunos para comprovar se as expectativas foram alcançadas. Os educando deram suas opiniões sobre o que acharam das atividades, dificuldades durante a pesquisa, se houve boa participação dos colegas, informações pessoais, a respeito da escola e dos professores, dentre outras. Um segundo questionário foi distribuído às duas professoras da área de ciências que a escola dispõe, contendo dados expondo seus julgamentos sobre os jogos. Os questionamentos baseiam-se, principalmente, nos objetivos expostos anteriormente. 



RESULTADOS E DISCUSSÃO: Iniciando com o questionário respondido pelos alunos: a) Dê sua opinião sobre a escola em que estuda a respeito de estrutura física, coordenação, organização e disciplina, incentivo ao esporte e a qualquer outro projeto extracurricular? Bom: 53,85%, Ruim: 30,77%, Não responderam: 15,38%. b) A respeito dos jogos aplicados na sua sala assinale um “X” para as sentenças verdadeiras: 30,77% - Sentiu alguma dificuldade para compreender as regas ou o desenrolar dos jogos. 38,46% - Despertou seu prazer pelo estudo da Química. 84,62% - A aula tornou-se mais produtiva e interessante. 53,85% - Durante as atividades você se tornou mais curioso (a), ativo (a), mobilizado (a) e desafiado (a). 61,54% - As regras dos jogos tinham ligação direta com os conceitos estudados. 23,08% - Contribuiu para que fixasse o assunto que você teria estudado anteriormente. 53,85% - Você percebeu que algumas habilidades foram desenvolvidas como: raciocínio rápido e lógico, resolução de problemas, abstração, trabalho e comunicação em grupo e busca de conhecimento. c) Você concordaria com a aplicação de jogos didáticos como metodologia capaz de facilitar o ensino de Química? Sim: 100%. De acordo com a unanimidade das pesquisas, o jogo é totalmente aceito pelos alunos e pode ser usado como metodologia imprescindível no enriquecimento das aulas de Química. Perguntado aos professores sobre a aplicação dos jogos em sala de aula com relação ao aprendizado dos conceitos de Química, assim eles responderam: “Muito interessante, educativo e estimulante. O aluno aprende brincando. Os jogos tornam a Química mais “fácil”.” “Os jogos, sendo um dos recursos didáticos, facilitam a aprendizagem dos alunos promovendo o interesse dos mesmos, já que este é mais uma ferramenta para sairmos do ensino tradicional.”




CONCLUSÕES: O sistema educacional vigente ainda apresenta muitas falhas quanto à formação de profissionais e cidadãos. Este trabalho faz uma visão geral a respeito de uma técnica metodológica revolucionária, que garante melhorias no ensino de Química para a Educação Básica. Dos objetivos propostos, quatro obtiveram êxito quanto à funcionalidade dos jogos. Os demais tiveram notas consideravelmente importantes para que seja concluído que esta é uma metodologia eficiente para proporcionar um melhor rendimento na construção de conhecimentos científico em sala de aula. 

AGRADECIMENTOS: 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 


CHATEAU, Jean. O jogo e a criança. São Paulo: Sammus, 1984.
CUNHA, Arcelina Pacheco. LIBERATO. Maria da Conceição T. Cavalcanti e VERAS. Antonio Onias Mesquita. Aprenda Química Brincando. Vol. 1. Fortaleza: SEDUC, 2006. 
EUFRÁSIO JUNIOR, Reginaldo Rodrigues. O lúdico para a melhoria do aprendizado no ensino de química. Fortaleza-CE, 2009. Monografia (Licenciatura em Química). Universidade Estadual do Ceará.
ZANON, Dulcimeire Aparecida Volante. GUERREIRO. Manuel A. da Silva e OLIVEIRA. Robson Caldas de. Jogo didático Ludo Químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Disponível em: < http://www.cienciasecognicao.org> Acesso em: 29 out. 2009.

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