ANALOGIAS E METÁFORAS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS


Por: Saulo C. Seiffert Santos

 A CIÊNCIA E A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO ÂMBITO ESCOLAR



Ciência segundo Chassot (2007a, p. 37) é sempre adjetivada (adjetivos científicos) e a define: “Ciência como uma linguagem para facilitar nossa leitura do mundo”, e que depois se acrescenta “A Ciência pode ser considerada uma linguagem construída pelos homens e mulheres para explicar o nosso mundo natural” (CHASSOT 2008, p. 63), e a marca da ciência atualmente é a incerteza (2007a, p.43) e complementa com a seguinte argumentação:

A Ciência é uma das mais extraordinárias criações do homem, que lhe confere, ao mesmo tempo, poderes e satisfação intelectual, até pela estética que suas explicações lhe proporcionam. No entanto, ela não é lugar de certezas absolutas e [...] nossos conhecimentos científicos são necessariamente parciais e relativos (CHASSOT 2007a, p. 113).

Attico Chassot (um químico e professor de Ensino das Ciências) compreende que a Ciência deve ser base para a leitura de mundo para os alunos na escola média [e fundamental], no seu livro Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação (2006) faz uma resumido cenário sobre educação brasileira e realidade brasileira (política-economia neoliberal, globalização e tecnologia). Com uma proposta norteadora na Alfabetização Cientifica que explora as formas de se ler a natureza a partir da Ciência, isto é, procura a leitura política para a formação de um cidadão crítico, para isso conecta com a formação de currículos. No entanto, não deixa de trabalha com a valorização de saberes populares em relação aos conhecimentos científicos, trazendo a História da Ciência como proposta de ensino de Ciência para humanizar a consciência dos alunos que tem como referencia a própria Ciência.
A Alfabetização Cientifica para Chassot está vinculada ao Movimento Ciência, Tecnologia e sociedade (CTS), mas não detalha de forma especifica como articularia de forma direta esse viés, contudo através das suas propostas de integração dos benefícios da ciência com a sociedade normalmente através da escola é compreensível a Alfabetização Cientifica como meio de se contextualizar essas propostas, mas podemos pôr por anteparo na explicação de Teixeira:
Movimento CTS - conjugado com o conjunto de reflexões geradas na base conceitual das teorias progressistas em educação, e aliado aos avanços já alcançados pela pesquisa didática na área de ciências, incluindo também o trabalho realizado pelo programa construtivista (...), inegavelmente trouxe contribuições importantes para a área; poderá constituir-se em referencial para o redimensionamento da educação científica, com desdobramentos no campo da pesquisa e principalmente na prática pedagógica dos educadores e na própria sala de aula, com a possibilidade  de superação das práticas conservadoras que perpassam o ensino ministrado nos componentes curriculares pertencentes a esse ramo de ensino (TEIXEIRA 2003, p. 100).
                Na busca de uma síntese para Alfabetização Científica para Chassot seria a oportunidade de capacitar homens e mulheres a lerem a natureza através das Ciências como se fosse uma linguagem que é escrita e falada, compreendida e que se dá a relação entre os comunicantes, como também a possibilidade de poder entendê-la e manuseá-la conhecendo seus limites e responsabilidades (CHASSOT, 2006). Assim precisamos ser formadores, e não só informadores, de cidadãos através da reflexão da Ciência na escola contemporânea.

1.1   O professor formador em vez do professor informador
Como educador, observa as diretrizes dos PCNs e a legislação atual, percebe mais do que nunca não há espaço para o professor informador, no qual é àquele que se gratifica com ser transmissor de conteúdo (CHASSOT 2007, p. 26), mas ao professor(a) formador(a) que ensina menos, mais sabe descobrir novos conhecimentos, e especialmente, como usá-los tem lugar no novo contexto de Ensino de Ciências (CHASSOT 2007, p. 26). No curricular aponta as necessidades, as direções, missões e conteúdos a ser escolhido para a formação do aluno. Nele se realiza o professor.
Assim com esses pontos Chassot alinhavou a pergunta “Como construí-la e saber usá-la na vida?”. A construção é feita dentro do contexto democrático e o uso da Ciência como cidadão critico, que busca uma coletividade e a manutenção da mesma.
SANTOS, S. C.S. Apostila do Projeto Arquimedes. Projeto Arquimedes. Universidade do Estado do Amazonas. 2010.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Super trunfo da Tabela Periódica