Clube da Ciências e suas situações didáticas

As situações didáticas de Ciências

A observação de fenômenos, a experimentação e a reflexão, além de muita leitura, ampliam os conhecimentos sobre questões dessa área

Amanda Polato (novaescola@atleitor.com.br) Beatriz Santomauro e Rodrigo Ratier

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OLHAR ORIENTADO - No Centro Educacional, a turma observa frutas e cria hipóteses sobre a decomposição. Foto: Paula Canova
OLHAR ORIENTADO  No Centro Educacional, a turma observa frutas e cria hipóteses sobre a decomposição

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Em um mundo em que o desenvolvimento científico está por toda parte, o ensino de Ciências deve propor situações-problema e trabalhos que gerem reflexão, permitam participação ativa e tenham relação com o dia-a-dia. "A transposição da ciência acadêmica para a escola amplia a visão do cotidiano", diz Cândida Muzzio, coordenadora do Colégio Miró, em Salvador. É importante articular atividades. Um experimento sem observação, pesquisa e leitura é insuficiente para a aprendizagem.
No Centro Educacional de Ensino de 1º Grau, em Presidente Castelo Branco, a 470 de Florianópolis, a professora da 3ª série Rozinei Forquezato participou de um projeto sobre compostagem que contempla quatro situações didáticas essenciais (veja sequência didática). Além de aprenderem conteúdos, os alunos vêem o impacto de sua atuação na comunidade e no ambiente. Veja a seguir as quatro situações didáticas essenciais ao ensino e aprendizagem de Ciências:


1. Observação


O que é: Análise de um experimento com a mediação do educador. A atividade deve instigar perguntas e a elaboração de hipóteses. Ao estudarem o desenvolvimento das plantas, por exemplo, as crianças podem ver que crescem, mas nem sempre se atêm aos detalhes. Por isso a importância de direcionar o olhar delas. Como está a cépala (a proteção que encobre o botão da flor)? Aberta ou fechada? E depois de uma semana? 



Quando propor: Sempre que houver uma investigação desenvolvida em aula. 


O que a criança aprende: Além de conteúdos tradicionais, a observar fenômenos, elaborar hipóteses e organizar dados.

2. Experimentação
O que é: Investigação para relacionar o saber científico ao da garotada. O experimento não pode só demonstrar conhecimentos já apresentados. Se é preciso entender quais materiais flutuam, a turma sugere alguns e é desafiada. Uma folha de papel flutua? E se a amassarmos em forma de esfera?

Quando propor: Sempre que o conteúdo puder incluir experimentação.

O que a criança aprende: Além dos conteúdos relacionados, a manipular experimentos e a resolver problemas.

3. Pesquisa em textos

O que é: Busca por respostas para a resolução de problemas em livros, revistas, jornais e internet. A atividade não é produtiva se for atrelada apenas à coleta de dados. Uma proposta: a turma faz uma experiência em que sal é dissolvido em água e o professor apresenta uma questão - todo sólido se dissolve em água? - a ser resolvida com base em fontes confiáveis.

Quando propor: Sempre que for preciso buscar informações.

O que a criança aprende:  Além dos conteúdos relacionados, a trabalhar com obras de caráter científico e a ter maior autonomia na aprendizagem.

4. Leitura e escrita sobre Ciências

O que é:  O professor cria uma oportunidade que gere dúvidas sobre um tema. Depois de todos revelarem suas concepções em conversas, desenhos e textos, ele indica a consulta a textos científicos. É essencial apresentar fontes variadas, além do livro didático, marcando a diferença entre as linguagens. Devem-se discutir conceitos, termos da área e características da linguagem, e não apenas supor que sejam conhecidos.

Quando propor: Em todas as aulas.

O que a criança aprende: Compreendendo o que lê, aprofunda conhecimentos e informações sobre os conteúdos.


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